NOTÍCIAS

Conforme  a Comissão Interestadual da Uva, a quebra na produção de uva  gira em torno de 50%   na região da Serra Gaúcha e um levantamento realizado pelos profissionais do setor de agronomia da Cooprado afirmou que a perda entre os associados  também  chega perto a esse percentual. Mas a confirmação deste índice ainda poderá oscilar para cima ou para baixo, visto que,  segundo a engenheira Agrônoma Andréia Visentin Carra,  com o aparecimento do míldio na floração, devido ao o excesso de umidade, ainda há  possibilidade de perda na maturação com o aparecimento do “negreto”, que deixa os grãos pretos e causa  queda. 

Com a incerteza de quanta matéria-prima haverá disponível, muitas empresas vinícolas entram numa disputa acirrada  de compra  para garantir uva necessária.   “A Cooprado não atua diferente das demais vinícolas.  Estamos permanentemente visitando os produtores para que entreguem a sua produção na Cooperativa.  Cabe aos associados fazerem a parte deles. O associado que vender fora da sua Cooperativa estará fortalecendo seu próprio concorrente”, explica Sadi Macagnan, presidente da entidade.

A perspectiva é que o ano de  2016  seja para a Cooprado muito melhor que esse ano.   Dos 12,5 milhões de litros  produzidos nas safras 2014  e 2015,   restam pouco  mais de 2 milhões,  que segundo o Assessor Comercial, Osvaldo Conte,  já foram vendidos.  Isto é, a  Cooprado iniciará o próximo ano sem produto estocado e, além disso, segundo Conte,  com uma  demanda de venda superior à  de 19, 5 milhões de litros de vinho.  

A safra  2016  iniciará em Fevereiro mas  os ajustes  para receber, quem sabe, o maior  volume de uva, dos últimos 10 anos,  pela Cooprado já estão sendo realizados. “O objetivo é podermos atender esses clientes.Se isso não ocorrer estaremos perdendo  mercado. O volume de 19,5 milhões de litros  é só de vendas a granel, fora a produção de vinho para envase e de suco”, diz Conte.

Isso significa  que a  produção dos 1350 associados, que gira em torno de 17 milhões de quilos será suprida pela entidade, para isso,  o presidente Sadi Macagnan antecipa que, com relação aos preços,  “o ano será excelente tanto para a entidade quanto para o associado. Na compra de uvas,  estaremos novamente pagando os preços de mercado  e, no próximo ano os  pagamentos serão com prazos menores ”.

 UVA - PREÇO MÍNIMO: A Companhia  Nacional de Abastecimento- CONAB – divulgou,extraoficial, o preço de R$ 0,78   o quilo de uva para a safra 2016