Com o governo estabelecendo indiretamente um novo teto, as cotações de milho avançam em direção a R$ 85,00/saca, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. “Com a decisão do governo de liberar a importação de milho de fora do Mercosul o mercado fez contas (nós fizemos no início da semana) e chegou à conclusão de que o produto importado, mesmo sem taxas, não chegaria ao país por menos de R$ 85,00 a R$ 88,00/saca”, dizem os analistas.
“Imediatamente as cotações da B3 avançaram nesta direção, para R$ 80,00 na terça e para $ 84,04 na quarta-feira. O teto parece ser entre R$ 85,00 e R$ 88,00/saca. Chamamos atenção para os excelentes preços de R$ 82,88 para março (alô produtores) e R$ 78,02 para maio (produtores do PR, MS e MT)”, avança a equipe da TF.
Se fixarem preços nesta quinta-feira na B3, apontam os analistas, poderão garantir um lucro de 122,97% e os segundos, de 109,90%, se comparados com os custos de produção calculados pelo Deral-PR: “O mercado está confirmando nossas previsões de alta (e até ultrapassando) dada a escassez do produto no mercado interno. E, segundo nossos cálculos, deu-se conta também de que a liberação das importações não irá aliviar o preço, como querem os técnicos do governo”.
“Esta situação de aperto na oferta do milho disponível e atraso no plantio do milho de verão, devido à atual falta de chuvas, poderão manter os preços elevados a curto, médio e longo prazos. Com isto, nossa recomendação é de compra (para investidores ou para quem precisa comprar no mercado físico) e de deixar o mercado andar, para quem é fornecedor de milho. Que continua valendo e acertada”, concluem os analistas da Consultoria TF Agroeconômica.