RS em alerta fitossanitário para cigarrinha do milho
O monitoramento foi realizado entre abril e maio deste ano em 151 municípios gaúchos, quando foram observadas as maiores infestações
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) emitiu alerta fitossanitário para a ocorrência de Dalbulus maidis, mais conhecida como cigarrinha do milho, nas lavouras de milho do Rio Grande do Sul
O alerta é baseado em estudo desenvolvido pela Secretaria da Agricultura e pela Emater, sob a coordenação do Mapa, que juntas fizeram o monitoramento das lavouras de milho afetadas. E também nos relatos de ocorrência recente de Dalbulus maidis nas lavouras já nos estágios iniciais desta safra, no histórico de infestações da safra anterior e na previsão de poucas chuvas para o próximo período (veja aqui o prognóstico Simagro).“Nós solicitamos a atuação dos colegas em orientar entidades, cooperativas, empresas de insumos, responsáveis técnicos e produtores rurais nas ações de rotina, adicionando este alerta às atividades”, destaca Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPDR. E ressalta a importância de fazer este controle, especialmente neste momento do início do plantio, o qual repercutirá na condição de infestação para o restante da safra.
De acordo com as informações da Seadpr, as principais recomendações são:
Eliminar plantas de milho espontâneas da entressafra
Utilizar cultivares tolerantes à cigarrinha e enfezamento (clique aqui)
Efetuar o tratamento fitossanitário de sementes
Efetuar o plantio do milho evitando a proximidade de lavouras novas a lavouras mais velhas ou áreas com ocorrência de infestação anterior.
Evitar semeadura sucessiva de milho na mesma área
Otimizar o planejamento da cultura, preferindo períodos ótimos em detrimento de semeaduras tardias.
Objetivar diminuir as perdas de grãos durante a colheita.
Efetuar o controle da cigarrinha do milho conforme orientação técnica.
O monitoramento foi realizado entre abril e maio deste ano em 151 municípios gaúchos, quando foram observadas as maiores infestações. Neste período, foram colhidas 179 amostras em lavouras de milho. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Goiás (LFGO) para identificação dos patógenos associados ao complexo do enfezamento do milho e levantamento de dados para caracterização epidemiológica.
As análises identificaram a presença dos patógenos associados ao enfezamento em 44% das amostras. Isso evidencia o risco de aumento da ocorrência de enfezamento do milho nesta safra, já que é a cigarrinha que transmite esses patógenos e eles estão ocorrendo em diversas regiões do estado.